PCDI NEWS entrevista Marisa Resende

12/04/2015

Foto: Samarone Soares
Foto: Samarone Soares

Marisa Seoane Rio Resende é uma das profissionais da Conviver Saber Social responsáveis pelo Programa Compartilhado de Desenvolvimento Institucional. Formada em Serviço Social, trabalha há 30 anos no terceiro setor. Possui especialização em projetos sociais, captação de recursos, recursos humanos, sustentabilidade e meio ambiente, entre outras. Nestes 30 anos, Marisa trabalhou com empresas e organizações empresariais, projetos em parceria com o poder público, aulas nas universidades e cultura de voluntariado. No conjunto, essa carreira permite à profissional uma visão bastante ampliada de mundo, das pessoas e das organizações.

PCDI NEWS – Como o PCDI está preparando as organizações sociais do Vetor Norte para o crescimento da região?

Marisa Resende – O Vetor Norte é uma das áreas de maior desenvolvimento planejado para o estado de Minas Gerais nesta década. Sabemos que todo desenvolvimento traz consigo uma série de passivos sociais e ambientais que precisam ser estrategicamente planejados também. Por isso estamos trabalhando com o fortalecimento das organizações sociais para que sejam a base de sustentação para a nova realidade social que vai reconfigurar a região.

PCDI NEWS – Qual a importância dos encontros como o internato social neste processo?

MR – Os encontros são importantes momentos de formação e compartilhamento de experiências. Ao realizar o internato, tivemos a oportunidade de aprofundar, de mergulhar fundo nas realidades institucionais, suas fragilidades e riscos, revendo práticas e estruturas de gestão, para estabelecer estratégias de reorganização, elaboração de projetos e caminhos de captação de recursos. Mais do que qualquer etapa de formação, o internato facilitou o compartilhamento de experiências e desenvolvimento de um senso de coletividade, fundamentais em processos de desenvolvimento local.

PCDI NEWS – Por que uma organização social deve investir em seu crescimento e desenvolvimento institucional e como esse tipo de investimento traz retorno também para os patrocinadores e apoiadores destas organizações?

MR – Para realizar seus ideais, as organizações sociais são financiadas por meio de doações, parcerias, patrocínios e outras formas de colaboração. Isso implica transparência e ética na captação, no uso dos recursos e na prestação de contas. Uma boa gestão abre portas de relacionamento e permite um equilíbrio de ações e projetos de forma mais duradoura. Isso é bom para a comunidade atendida, para a instituição social e para o financiador que tem sua marca aliada a um projeto sério e bem sucedido.

PCDI NEWS – Como organizações sociais, governos e empresas podem contribuir para melhorar a vida de quem está em situação de risco e vulnerabilidade social no Vetor Norte durante o processo de crescimento da região, para que a situação social melhore e não piore com o crescimento.

MR – A isso chamamos de desenvolvimento sustentável. Junto com o crescimento econômico, devem ser pensadas todas as estruturam que garantam as melhorias nos serviços locais, de infraestrutura, de cultura, meio ambiente e garantia de direitos. A grande questão é que, todos aqueles que estão despreparados, acabam engolidos ou atropelados pelo crescimento. São excluídas escolas, pequenos comércios, instituições sociais e até bairros inteiros que não se integram às mudanças. Cabe ao poder público, às universidades, empresas, organizações sociais e população local estabelecer estratégias e parcerias para o desenvolvimento sustentável.

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1 Comentário

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    Encontro PCDI Assessoria Jurídica | Conviver Saber Social

    […] e, para isso, precisamos de um mínimo de organização da sociedade civil”, explicou Marisa Resende, consultora do PCDI. Outro assunto que rendeu bastante foi sobre como funciona a remuneração da […]

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